Sempre gostei de tentar com minhas nanoidéias e nanomovimentos contribuir para um Brasil melhor. Afinal sou cidadã, pois não? E pela primeira vez na minha vida votei fora do Brasil - na embaixada do Brasil na Finlândia - fora do Brasil somente vota-se para Presidente. E foi também a primeira vez na minha vida que fui votar com uma desesperança de fazer dó, como imagino deva ter sido para muitos outros eleitores. Agora, já sabendo o resultado, é que a desesperança se instalou de vez. Sinto-me sem saída...encurralada...sem opção. Resta-me torcer para que essa situação movimente o povo brasileiro nos próximos quatro anos em favor de um país de vergonha, livre dos políticos corruptos, inescrupulosos e interesseiros. Em favor de um país que prime por uma educação da mais alta qualidade para seu povo, que nos livre da violência do dia-a-dia e que nos traga bons sonhos...uma boa vida. Utopia muita não é? Não deveria ser, mas esse é meu sentimento. Estou triste, muito triste com a situação de meu país. Vamos ver se pelo menos o palhaço Tiririca faz juz aos mais de um milhão de votos e consiga fazer da câmara uma palhaçada maior ainda. Ele é o melhor representante da grande maioria dos políticos de hoje. Tomara que lhe dêem o cargo de Presidente da Câmara e coloquem o Romário como Vice. Seria o máximo, não? Desculpem, mas não consigo rir de toda essa trágica palhaçada - espelho do Brasil de hoje. Uma vergonha mundial!
PS: Digo vergonha mundial porque saiu em jornais estrangeiros como piada. Veja aqui alguns:
BBC
The Economist
Revista Time
Financial Times
The Blog Post do Washington Post
AFP
PS: Digo vergonha mundial porque saiu em jornais estrangeiros como piada. Veja aqui alguns:
BBC
The Economist
Revista Time
Financial Times
The Blog Post do Washington Post
AFP
Infelizmente o povo finlandês é tão escravo de suas más decisões quanto o povo brasileiro. A qualidade de vida alcançada no país em que a senhora agora reside não deve iludi-la quanto ao fato de que o atual sistema econômico escraviza as populações de quaisquer países que aderem à ela.
ResponderExcluirParábens pelo blog, leio-o freqüentemente, é muito interessante.
Caro Anônimo,
ResponderExcluirDesculpe mas vou chamá-lo de senhor/senhora porque não deixou seu nome. Obrigada por sua colaboração no comentário, mas gostaria de fazer algumas observações.
Qualquer lugar do mundo nunca oferecerá uma vida perfeita a ninguém, simplesmente porque a realidade existe a partir de nós mesmos, do entendimento que temos sobre tudo na vida. Como ninguém é perfeito, nem nunca será... nunca existirá perfeição em lugar nenhum (isso não justifica não querer buscá-la como forma de melhoria).
Sinto, mas o senhor/senhora engana-se ao imaginar que sou uma pessoa iludida quanto a sistemas econômicos, sejam eles quais forem dos que existiram até hoje. Penso que enquanto o sentimento de humanidade, do que temos de melhor, não prevalecer muitos povos ainda sofrerão. Essa foi sempre uma das grandes temáticas que sempre me mobilizaram, em toda minha vida.
Quero também já esclarecer para os que contra-argumentam afirmando que minhas opiniões aqui expressas, principalmente sobre qualquer questão brasileira, são influenciadas pela vida no "1o mundo", que essa afirmação é em grave engano. E principalmente por não me conhecer. É a primeira vez que saio do Brasil e há apenas um ano. E sempre, SEMPRE, em toda minha vida desde menina tive um olhar crítico ampliado sobre a vida como um todo e sobre os rumos da vida dos brasileiros. Nunca fui de defender A, B ou C, mas sempre estive a defender os miseráveis e sofridos, mesmo que isso tenha que tirar dos que têm mais, inclusive eu, é claro. A palavra que mais gosto é compartilhar o que temos de bom.
O que a Finlândia me trouxe de novo nas minhas observações sobre a vida humana em termos de sociedade é que, mesmo dentro do capitalismo se pode oferecer uma vida mais igualitária a todos. Realmente democrática, cidadã, justa e igualitária (todos têm acesso a uma boa qualidade de vida). Não sou escrava de dinheiro nem de consumo, mas sou dependente de dinheiro. 99,9% da humanidade hoje precisa de alguma relação com dinheiro para sobreviver e isso nos torna, no mínimo, dependentes dele e de seus sistemas econômicos que o regem. O que varia é o grau de dependência que pode levar à escravidão. Não sou escrava porque não sou aprisionada pelo consumo. O que faz a vida na Finlândia ser boa (nunca perfeita) é que todos aqui têm acesso, em qualquer circunstância (desempregados, enfermos, os que não podem trabalhar por algum motivo, etc) ao mínimo de dinheiro necessário para se ter uma vida digna: poder pagar uma boa moradia (não confundir boa com luxo), alimentar-se bem, pagar suas despesas básicas (educação, saúde, transporte, comunicação, lazer, etc. tudo de qualidade) Isso é oferecido a TODOS. Aqui os diferentes níveis sociais estão muito próximos. Existem pobres sim, mas os pobres daqui como eu temos acesso a tudo isso que relatei. Vivemos, os diferentes níveis sociais no mesmo espaço, no mesmo prédio, no mesmo trabalho, na mesma escola.
Não sou escrava da vida aqui. Posso ir e vir quando quiser e para onde bem entender. A diferença é que posso escolher. Talvez o senhor/senhora tenha sido infeliz em colocar como escravidão. Eu colocaria escolha, no máximo dependência. Escravidão lhe rouba o direito de escolha. E em qualquer sistema econômico de qualquer país se pode escolher viver sob seu teto ou não.
Penso que a questão amigo/amiga anônimo não é a escravidão que um sistema econômico impõe, mas a relação que a partir de nós mesmos estabelecemos com ele.
No meu entendimento penso que a raiz do problema não está no sistema econômico, porque ele não existe por si. Mas no que os seres humanos querem para si e para os seus.
Grande abraço,
Irene
Irene muito bem colocada sua observação para esse senhor/senhora...todo mundo deve ter uma consciência lógica para defender seu país defender quando merece,as condições do Brasil não são as melhores possiveis por mais que tenha melhorado, foi 5%, ainda há milhões de pessoas vivendo de maneira indigna e miserável no Brasil, mas essas mesmas pessoas colocam no poder representantes que nada farão por elas, elas sim são iludidas por sorrisos e abraços, apertos de mão e promessas vãs. Infelizmente não sou otimista para o futuro político do Brasil, e não é vergonha nenhuma reconher que outro país disponibilize vida digna a sua população, será que esta pessoa defende a miséria do Brasil? se o capitalismo oferece vida digna a população porque não defende-la? escravos do capitalismo? acho que são aquelas pessoas que vivem a margem, essas sim sao escravas. É Irene se o congresso é um circo, nós aqui no Brasil teremos muitos espetáculos ainda para assistir, pena que muitos deles serão tristes para nós. Uma abraço brasileiro pra vc.
ResponderExcluirObrigada Annie. Paece que compartilhamos do mesmo sentimento. Vamos torcer para que nosso país melhore mais e mais.
ResponderExcluirObrigada pelo abraço brasileiro.
Um abraço a você também.
Oi Irene! estou acompanhando seu blog pois gosto de conhecer países diferentes e suas culturas. Sou de Fortaleza - Ce e é com muita satisfação que eu te mando essa notícia aqui...http://odia.ig.com.br/portal/brasil/tiririca-%C3%A9-indicado-a-melhor-deputado-do-ano-1.491241
ResponderExcluirApós todos os julgamentos precipitados parece que o cidadão - que nasceu pobre no interior do Ceará, trabalhou desde criança (pois na época da infância dele não havia benefícios de "bolsa politicagem", e conseguiu tudo o que tem por mérito próprio - está fazendo um bom trabalho como Deputado. Parece que o "palhaço" levou a sério a confiança do povo. Espero que sirva de lição a todos que o criticaram e que continuam votando sempre nas mesmas velhas cartas marcadas que monopolizam o legislativo brasileiro, com medo de mudar e dar uma oportunidade para que cidadãos que tiveram reais vivências com o povo assumam o poder. :-)